Um estudante de medicina causou revolta nas redes sociais ao comentar um texto que fala sobre violência sexual após a prisão de um médico flagrado estuprando uma paciente durante o parto.

 O texto, que viralizou nas redes, lista situações em que as mulheres não se sentem seguras. “Na infância. Na pré-adolescência. Adultas. Idosas. NO PARTO. Na rua, na igreja, em casa. Pelo pai, pelo padrasto, pelo avô, pelo tio. Nem todo homem, mas sempre um homem”, diz o texto da fotógrafa Tracy Figg.

Ao comentar o texto, o estudante de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Lucas Müller Mendonça fez um comentário em tom de sátira. “No cruzamento da preferencial. Com placa de pare. Na mudança de pista. No sinal vermelho. Na pista molhada. Loiras. Morenas. Por não saber fazer baliza. Por invadir a pista ao lado, por andar na contramão. Nem toda mulher, mas sempre uma mulher”, diz.

Após a repercussão, o comentário foi apagado. Em resposta às críticas, o estudante ainda fez uma postagem. “Fiz um texto satírico justamente para expor, além de ridículo, é bem transfóbico. Não existem pessoas com pênis que não são homens? E não existe estupro por parte de mulheres cis? Texto ridículo por texto ridículo, eu prefiro o meu. Tit for tat”.

A Associação Atlética Acadêmica Medicina Universidade Federal de Mato Grosso do Sul postou uma nota de repúdio ao comentário do estudante. “Tais declarações ferem nossa política, que busca sempre por igualdade e se opõe a qualquer tipo de misoginia. Estamos atentos a expressões e atitudes dessa natureza e não toleramos em nenhuma hipótese tais práticas. Medidas já estão sendo tomadas com base no estatuto e normas da entidade.”

 

 

Fonte: Estado de Minas

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