Uma mulher, de 53 anos, foi atingida por três tiros à queima-roupa, disparados pelo ex-companheiro em Uberlândia, a 537 km de Belo Horizonte. A Polícia Civil informou que a motivação do crime seria um conflito após término do relacionamento.
A vítima, que é fisioterapeuta e professora de Educação Física, está em processo de separação e possui medida protetiva contra o ex Euler Vasconcellos Paiva, de 62 anos. Na última sexta-feira (29), Paiva descumpriu a medida. Imagens do circuito de segurança mostram toda a ação do autor.
Sem se importar com a ordem judicial, o homem foi até a casa da ex para se vingar. Ela chegava em casa de bicicleta pela manhã e, ao abrir o portão da garagem do prédio, foi abordada pelo ex-marido que a aguardava na rua.
Euler agrediu a vítima com vários socos, sacou uma arma de fogo e efetuou vários disparos que a atingiram na cabeça, próximo à nuca, no maxilar, e no braço.
A mulher foi encaminhada ao Hospital de Clínicas da Universidade de Uberlândia, onde foi entubada, sedada e submetida a cirurgias para retirada das balas.
Segundo o Boletim de Ocorrência, após cometer o crime, o homem saiu do local, subiu em uma moto e foi embora. Em um estacionamento particular em frente ao prédio da vítima, a polícia encontrou um carro em nome do autor, que foi apreendido e removido ao pátio.
A polícia chegou até o endereço do irmão do autor. No local, foi encontrado a moto em que o homem fugiu. A polícia subiu até o apartamento e ouviu um barulho de tiro. Como sabiam que o autor estava armado, os militares pediram reforço e ao entrar encontraram o suspeito do crime caído com hemorragia na cabeça, porém respirando.
O homem foi levado ao hospital e permanece internado em estado grave sob escolta policial.
Em um dos quartos do apartamento, estava um jovem que disse ser casado com o irmão de Euler. Ele confirma ter ouvido o disparo, mas alega não ter saído do quarto por estar muito doente.
Como houve quebra da ordem judicial, o caso é investigado como tentativa de feminicídio. De acordo com a delegada da Polícia Civil, Lia Valeki, “pela posse ilegal de arma de fogo ele ficou cerca de um mês preso e estava em liberdade mediante monitoração eletrônica.”
Fonte: R7