Com o agravamento da epidemia de dengue, que se alastra pelo país, também aqui no município de Formiga, o número efetivo de profissionais da área de saúde é ínfimo ao que a emergência exige. A ampliação da equipe já está sendo providenciada, conforme matéria divulgada nesta semana pelo Executivo (edital de contratação através de processo seletivo emergencial nos termos do decreto 10313 de 7 de março de 2024).
Com este aumento vertiginoso da demanda, os servidores da área, que há dias estão se desdobrando para atender os pacientes, sofrem ainda com a falta de paciência e de educação de parte da população que se aglomera nas portas dos Postos de Atendimento em busca de alívio para seus sofrimentos.
Além disso, o ano eleitoral não colabora! Politiqueiros de plantão, agindo como abutres em situação calamitosa, têm aparecido com frequência em situações emergenciais que ocorrem em todo país, como se o que tentam mostrar fosse exclusividade da cidade das Areias Brancas. Apontam erros, segundo a visão dele (s), mas não sugerem nenhuma contribuição capaz de minorar o estado de emergência.
O fato em si:
No final da tarde desta quarta-feira (20), houve na UPA um início de tumulto, segundo alguns, “programado”, e uma servidora chegou a ser agredida.
A prefeita Adriana Prado, tão logo soube do fato, como era de seu dever, dirigiu-se à UPA e lá encontrou, em sala privativa dos funcionários, a intervenção promovida pelo vereador, com vários profissionais ouvindo seu “blá-blá blá” (segundo denúncia relatada por nossa fonte). Ainda segundo esta mesma fonte, a prefeita teria adentrado ao recinto e exigido, com a devida urgência, que os profissionais voltassem aos seus postos de trabalho, e que o vereador e seu assessor saíssem da área restrita aos profissionais.
Mesmo assim, o vereador continuou passeando pelas dependências da UPA, gravando outros vídeos, sempre acompanhado de seu estimado assessor, e como tem sido praxe nos últimos meses, nos garantiu uma fonte que esta gravação deverá ser exibida na sessão de “cineminha” levada ao ar durante reuniões ordinárias da Câmara Municipal, e/ou, será atração exibida nas redes sociais já nesta antecipação de uma campanha acirrada em que serão escolhidos o Executivo e os membros do Legislativo para a próxima gestão.
O que diz o Sindicato:
Ouvido a respeito dos fatos acima, o presidente do SINTRAMFOR, Natanael Alves Gonzaga, se mostrou indignado com o ocorrido e esclareceu que:
– Todas as ações sugeridas ao Executivo foram prontamente atendidas e, inclusive, a contratação emergencial já foi providenciada conforme edital publicado.
– Ainda hoje em conversa com o Executivo foi comprometida a contratação de profissionais que garantam a segurança, não somente dos servidores, mas também de todos que ali estiverem.
Segundo Natanael os profissionais querem, através de um ato, manifestarem repúdio a incompreensão do esforço e dedicação praticados por eles, em mais uma emergência sanitária por eles enfrentada com muito sacrifício e responsabilidade, pois, sabido é, que no momento neste país não há disponibilidade de mão de obra na área da saúde.