O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou neste sábado (21), que o ministro Flávio Dino, vai determinar a abertura de um inquérito policial para apurar supostos crimes ambientais e de genocídio na região do povo Yanomami, em Roraima. Tanto o ministro como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como uma comitiva do Executivo estão na região. De acordo com o ministério, a Polícia Federal fará a investigação já a partir de segunda-feira (23).

“O presidente Lula determinou que as leis sejam cumpridas em todo o país. E vamos fazer isso em relação aos sofrimentos criminosos impostos aos Yanomami. Há fortes indícios de crime de genocídio, que será apurado pela PF”, afirmou o ministro, de acordo com nota divulgada pela pasta.

De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças de um a quatro anos do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região em 2022. Os casos envolvem doenças evitáveis, como desnutrição, pneumonia e diarreia. Segundo o órgão, 570 crianças foram mortas por contaminação por mercúrio, fome e desnutrição. Além disso, houve 11.530 casos de malária na região no ano passado.

O presidente Luiz Inácio Lula (PT) afirmou que o governo vai levar a sério a questão de combater o garimpo ilegal em terras indígenas, porém, não anunciou nenhuma medida para isso. Em seguida, fez duras críticas à gestão passada.

Após a visita ao hospital indígena e a Casa de Apoio à Saúde Indígena em boa Vista, Lula prometeu acabar com o garimpo ilegal.

“É desumano o que vi aqui. Sinceramente, se o ex-presidente que deixou a Presidência esses dias não tivesse feito tanta motociata e tivesse vergonha e visse aqui uma vez quem sabe esse povo não estivesse abandonado como estão”.

Fonte: O Tempo

COMPARTILHAR: