A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, em Divinópolis, o inquérito que investigava um grupo suspeito de aplicar diversos golpes em cidades da região Centro-Oeste do estado. Três homens, com idades entre 30 e 38 anos, naturais de Carmo do Cajuru e Divinópolis, foram indiciados pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica.

Segundo a delegada Adriene Lopes de Oliveira, somente em 2025 foram registrados 28 boletins de ocorrência relacionados ao grupo, com vítimas em municípios como Divinópolis, Carmo da Mata, Oliveira, Pitangui, Itaúna, Dores do Indaiá, Campo Belo, Passa Tempo, Abaeté, Formiga, Patos de Minas, Betim, Nova Serrana e Martinho Campos.

Modus operandi

As investigações revelaram que os suspeitos abordavam vendedores de máquinas pesadas — como retroescavadeiras — por meio de redes sociais ou anúncios fixados nos próprios veículos. Após negociações, entregavam cheques falsos às vítimas, que, ao consultarem os documentos em sistemas bancários, não identificavam irregularidades imediatas.

Com base no suposto pagamento, os bens eram entregues, mas os cheques acabavam sendo devolvidos dias depois por falta de fundos ou bloqueio. Nesse intervalo, as máquinas já haviam sido revendidas ou transferidas a terceiros (“laranjas”), inclusive em outros estados, como o Rio de Janeiro, dificultando a recuperação dos bens.

Prisões e apreensões

A Justiça autorizou a prisão preventiva de dois dos investigados, detidos nos dias 1º e 2 de setembro em Divinópolis. Eles são apontados como membros de uma associação criminosa bem estruturada, com divisão de tarefas e envolvimento em múltiplos crimes, incluindo o uso de violência psicológica contra vítimas — especialmente idosos.

Durante a operação, também foi apreendido um veículo utilizado pelo grupo na execução dos golpes.

A delegada Adriene destacou que as prisões representam um avanço no combate à criminalidade patrimonial:

“Com a ação, esperamos reduzir consideravelmente a incidência desses golpes na região, garantindo maior segurança à população. É fundamental que as pessoas redobrem a atenção em negociações de veículos, especialmente quando o pagamento for feito por meio de cheques ou transferências sem transparência.”

Com informações da PCMG

 

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