O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra Welbert de Souza Fagundes, indiciado pelo assassinato do sargento Roger Dias da Cunha, no início de janeiro, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (26) por fontes da Itatiaia.

Segundo apurado pela reportagem, Welbert de Souza Fagundes foi denunciado por homicídio triplamente qualificado contra o sargento Dias. As qualificadoras apontadas foram: ‘recurso que impossibilitou a defesa da vítima’, ‘crime praticado contra agente de segurança pública no exercício das funções’ e ‘crime praticado para garantir a impunidade de um crime anterior’. Ele também foi denunciado por tentativa de homicídio contra outro policial que participava da operação no Aarão Reis, em 5 de janeiro.

Já o comparsa de Welbert, Giovani Faria de Carvalho, de 33 anos, foi denunciado por cinco tentativas de homicídio contra quatro policiais e um motoqueiro que quase foi atropelado pelo Fiat Uno dirigido por ele.

Até o momento, as denúncias não foram aceitas pela Justiça. Welbert já é réu por um furto qualificado cometido antes da ‘saidinha’ de Natal, quando ficou foragido e entrou em confronto com o policial.

Sargento baleado

 

‘saidinha’, como é conhecida a saída temporária, ganhou relevância especial depois que um sargento da polícia militar foi baleado na sexta-feira (5). O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia.

Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, na última sexta-feira, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.

O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII – uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria.

 

Suspeito estava foragido da “saidinha”

 

Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.

A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.

A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu, neste domingo (7), comunicado em que disse ser “lamentável” vincular o ataque a tiros ao policial militar Roger Dias da Cunha à decisão que concedeu o benefício da saída temporária ao suspeito do crime. Segundo a entidade, o caso reflete problemas como a desigualdade social e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”.

 

Prisão mantida

 

No domingo (7), Welbert de Souza Fagundes e outro suspeito de participação no crime, Geovanni Faria de Carvalho, de 34, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva, após a realização de audiência de custódia no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

 

 

Fonte: Itatiaia

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