O Serviço de Segurança Interna da Ucrânia (SBU) afirmou ter destruído um caça russo Su-30SM e danificado outras quatro aeronaves militares em um ataque com drones na base aérea de Saky, na Crimeia ocupada pela Rússia, nesta segunda-feira (4). A operação, conduzida pelo Centro de Operações Especiais do SBU, também atingiu três bombardeiros Su-24 e um depósito de armas, causando danos “significativos” às operações russas no Mar Negro.
O Sukhoi Su-30 é um caça bimotor supermanobrável, projetado para dois tripulantes e desenvolvido pela Sukhoi Aviation Corporation, da Rússia. Multifuncional, a aeronave pode realizar missões ar-ar (combate aéreo) e ar-superfície (ataques ao solo) em todas as condições climáticas.
Produzido em série desde o início dos anos 2010 como uma evolução do Su-27, o Su-30 possui duas versões principais: o MKK e o MK2, exportados para China, Indonésia, Venezuela e Vietnã. Esses modelos são comparáveis ao F-15E dos EUA, com capacidade para superioridade aérea e ataques de precisão.
O modelo destruído, o Su-30SM, tem valor estimado entre US$ 35 milhões e US$ 50 milhões (R$ 192 milhões a R$ 275 milhões). Em março, a Ucrânia já havia abatido um Su-30 usando um míssil disparado por um drone marítimo, em um ataque pioneiro no cenário bélico.
Impacto Estratégico
A base aérea de Saky é crucial para as operações russas no Mar Negro, sendo usada para ataques à Ucrânia, patrulhas, vigilância por radar e escolta de aeronaves de longo alcance. Além da destruição total do Su-30SM, outro caça do mesmo modelo e três bombardeiros Su-24 foram danificados no ataque.
O SBU declarou que a ação visa “enfraquecer a capacidade do inimigo de travar sua guerra de agressão“. A Rússia, que ocupa cerca de 20% do território ucraniano desde 2022, não comentou oficialmente o ocorrido.
Os drones têm se mostrado uma arma eficaz para a Ucrânia. Em 1º de junho, a “Operação Teia de Aranha” danificou 41 aeronaves russas em quatro bases aéreas, reforçando a estratégia ucraniana de atingir alvos militares em profundidade. O ataque desta segunda-feira marca mais um capítulo nessa campanha, com impacto direto na capacidade operacional russa na região.
Com informações do Portal R7