A Votorantim, empresa de produção de cimentos com fábrica em Itaú de Minas, no Sudoeste do estado, afirmou que reduziu as emissões de CO2 em 27,9% entre 1990 e 2024, por meio do uso de combustíveis alternativos e técnicas de coprocessamento. Segundo a empresa, no ano passado, a taxa de substituição térmica – que mede o percentual de uso de biomassas e resíduos como combustíveis nos fornos de cimento – global da Votorantim Cimentos por meio do coprocessamento foi de 32,1%.

O índice, segundo a companhia, representa um avanço em relação a 2023, quando a empresa obteve um percentual de 30,9% de substituição térmica. A meta para 2030 é atingir um índice de 53% globalmente. “A fábrica da companhia em Itaú de Minas (MG) está entre as unidades no Brasil com maior nível de coprocessamento. Em 2024, esta fábrica atingiu o índice de 35,5% de substituição térmica, o que significa que mais de 1/3 dos combustíveis utilizados são alternativos, resíduos com potencial energético que deixaram de ser enviados a aterros sanitários, promovendo a economia circular e a sustentabilidade na cadeia produtiva”, diz a empresa.

Conforme a Votorantim, foram 96 mil toneladas de resíduos utilizados, como pneus picados e inteiros, resíduos sólidos e líquidos vindos de outras indústrias, além de biomassas como cavaco de madeira, sementes e moinha de carvão. “Ao evitar o envio desses materiais para lixões ou aterros sanitários, a Votorantim Cimentos também contribui para a redução das emissões de metano – um gás com potencial de aquecimento global significativamente maior que o do CO2. Dessa forma, o coprocessamento reduz não apenas o impacto da produção de cimento, como também contribui para diminuir as emissões de gases de efeito estufa como um todo”, argumenta a empresa.

Em Minas, segundo a companhia, a atuação está alinhada à estratégia global de descarbonização baseada em quatro pilares: além do coprocessamento de resíduos e biomassa; o uso de cimentícios, substituição do clínquer – o principal componente do cimento – por subprodutos vindos de outras indústrias; a eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia, com hidrelétricas próprias e investimentos em energia solar e eólica; e o desenvolvimento de tecnologias, uso de processos inovadores, novos materiais, captura de carbono, ganho de eficiência na cadeia de valor do uso de cimento e concreto, para otimizar recursos e seguir reduzindo a intensidade de carbono.

“Na Votorantim Cimentos temos o compromisso de construir um legado positivo nas localidades em que estamos presentes. A atuação da fábrica de Itaú de Minas em iniciativas como o coprocessamento reforça nosso foco em soluções sustentáveis e no uso responsável de recursos, contribuindo para a economia circular e o desenvolvimento local”, afirmou Marco Antonio Vivian, gerente da fábrica de Itaú de Minas da Votorantim Cimentos.

Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), serão necessários cerca de R$ 40 bilhões até 2050 para descarbonizar a indústria brasileira.

 

Fonte: O Tempo

 

COMPARTILHAR: