A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) iniciou uma greve de fome nesta quinta-feira (9), em protesto contra a decisão da Justiça da Itália que manteve sua prisão enquanto tramita o processo de extradição para o Brasil. A parlamentar está detida no complexo penitenciário de Rebibbia, em Roma.

O anúncio da greve foi feito por meio de uma carta endereçada ao ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, e divulgada por seu advogado, Fabio Pagnozzi. Na mensagem, Zambelli afirma que deixará de se alimentar até que o governo italiano negue sua extradição, o que, segundo ela, “a colocará em liberdade”.

Por ter a absoluta certeza de que o senhor não tomou a melhor decisão, começo hoje uma greve de fome que só o senhor pode acabar, negando minha extradição, o que me colocará em liberdade, que é o correto”, escreveu a deputada. Ela também declarou esperar que o ministro “não lave as mãos” diante do caso e chegou a dizer que, ao manter sua prisão, ele estaria “de mãos dadas com o próprio demônio”.

A manifestação de Zambelli ocorre um dia após a Justiça da Itália rejeitar um recurso da defesa, que tentava converter sua prisão em uma medida menos restritiva. O pedido foi negado, mantendo a parlamentar em regime fechado.

Carla Zambelli está presa desde que deixou o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O pedido de extradição partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

Na carta ao governo italiano, Zambelli voltou a alegar perseguição política e classificou a decisão do STF como “injusta e sem provas”.

O processo de extradição segue em curso na Justiça italiana, enquanto a parlamentar mantém o protesto em busca de uma reversão da medida.

Com informações do jornal O Tempo

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