Ao menos 14 pessoas morreram nesta segunda-feira (18) em diferentes regiões da Ucrânia em decorrência de bombardeios russos. Os ataques ocorreram poucas horas antes de uma reunião crucial em Washington, entre o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, o presidente americano Donald Trump e líderes europeus, com o objetivo de discutir um possível caminho para o fim do conflito que já dura 42 meses.

Segundo autoridades ucranianas, os bombardeios atingiram diversas regiões do país. Em Kharkiv, no nordeste e segunda maior cidade da Ucrânia, sete pessoas morreram e 23 ficaram feridas, entre elas uma menina de um ano e meio, conforme informou o governador regional Oleg Sinegubov.

Na região sul de Zaporizhzhia, outros três civis morreram e 30 ficaram feridos em novos ataques. Já no leste, na região de Donetsk, onde os combates estão mais concentrados, quatro pessoas morreram e sete ficaram feridas.

As cidades de Dobropillia e Kostiantynivka, próximas à linha de frente e a recentes avanços das tropas russas, também foram atingidas. Bombardeios noturnos foram registrados ainda nas regiões de Sumy (nordeste), Odessa e Kherson (sul).

O presidente Zelensky classificou os ataques como “demonstrativos e cínicos”, sugerindo que a Rússia tem ciência da reunião em Washington.

Putin cometerá assassinatos para manter a pressão sobre a Ucrânia e a Europa, assim como para humilhar os esforços diplomáticos”, declarou o presidente ucraniano em publicação no Facebook. Ele também apelou para que a Rússia “não seja recompensada por sua participação nesta guerra”.

A reunião em Washington acontece em meio a pressões para que Zelensky aceite condições impostas pela Rússia para um cessar-fogo. Além de Trump, participam do encontro líderes da chamada “coalition of the willing” (coalizão de voluntários), como o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e a premiê italiana Giorgia Meloni.

O conflito na Ucrânia já dura 42 meses, com dezenas de milhares de mortos e milhões de pessoas deslocadas, e segue sem perspectiva concreta de resolução, apesar dos novos esforços diplomáticos.

Com informações do Itatiaia

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