Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) terminaram nessa sexta (11) uma avaliação geológica dos cânions da represa de Furnas, em Capitólio.
Na próxima segunda-feira (14), a Prefeitura da cidade espera ter a possibilidade de liberar a área que está interditada há mais de um mês, após desprendimento de rocha matar 10 turistas.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Gerardão (PP) confirmou que o estudo realizado pela equipe de pesquisadores terá os primeiros resultados divulgados na próxima semana.
“Eles chegaram na segunda-feira (7) e fizeram toda a captação de informação e dados até nessa sexta. Provavelmente, na segunda (14), sai a primeira ata a respeito do levantamento que fizeram aqui. Dali a 30 dias sai o primeiro laudo e em 60 dias o laudo final. Já nesta segunda a gente vai saber quando a área interditada poderá ser liberada e se vamos precisar fazer alguma contenção”.
A região dos cânions e da cachoeira Cascatinha estão interditadas, mas o turismo segue liberado nos demais pontos da represa de Furnas em Capitólio. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Turismo, Agricultura e Meio Ambiente da cidade, Lucas Barros, as atividades na região nunca foram paralisadas, mas a intensidade diminuiu.
“O turismo sempre existiu, está acontecendo normalmente. Em Capitólio, historicamente, quando chove, diminui um pouco o fluxo e estamos em um período de chuva fora do normal, há 10 anos não chove como agora. As estradas estão ruins e os casos de Covid aumentaram muito. São vários fatores que levaram o turismo a diminuir”, disse.
O estudo geológico dos cânions faz parte de um programa da prefeitura de Capitólio para retomada do turismo. Barros explica que a ideia é promover uma boa imagem da cidade como um para os visitantes após o impacto do acidente do início deste ano.
“Nós temos um plano junto ao governo de Minas com mais de 80 ações em parceria com o Sebrae, Senac, PM e Marinha. Nossa intenção é transformar Capitólio numa referência de um turismo sustentável e seguro. Essa pesquisa faz parte das ações”, afirma.
Fonte: Hoje em Dia