Doze pessoas foram condenadas pela Justiça por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro em Varginha (Sul de MG).

As condenações fazem parte das investigações da “Operação Áquila”, que desmantelou um esquema que utilizava uma casa noturna da cidade para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

A operação foi deflagrada no dia 14 de fevereiro de 2022, quando foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão preventiva. Na ocasião, cinco denúncias foram oferecidas pela prática de 75 crimes.

As investigações duraram cerca de 10 meses. Segundo informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público, as penas, somadas, superam 120 anos de prisão. Já as multas superam R$ 620 mil.

A maior parte dos condenados prossegue em prisão preventiva. Ainda cabe recurso à decisão.

Investigações

Segundo o MP, durante as investigações, que duraram cerca de 10 meses, foram colhidos elementos que apontaram a prática do crime de tráfico de drogas com o uso de menores de 18 anos. Além disso, conforme as investigações, uma casa noturna da cidade vinha sendo usada para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Além dos presos, foram apreendidas quantidades de cocaína, maconha, aparelhos celulares, R$ 24 mil em dinheiro, entre outros.

Em agosto de 2022, o MP deflagrou a 2ª fase da “Operação Áquila”, com interseção com a “Operação Penitência”, que investiga a extorsão de detentos por parte de agentes públicos no Presídio de Varginha. Nesta quinta-feira (26), foi deflagrada a 3ª fase da operação.

Na nova fase da operação, oito pessoas foram denunciadas pela prática de 13 crimes ligados ao tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte de arma de fogo, disparo de arma de fogo e maus-tratos a animais.

Durante as investigações, foram colhidos elementos que apontam que o tráfico era comandado do interior de estabelecimentos prisionais e com uso de violência, grave ameaça e uso de armas de fogo. Em um episódio, como forma de intimidar um desafeto, um dos denunciados efetuou disparos de arma de fogo na frente de sua residência, atingindo, inclusive, um cão.

Ainda de acordo com o MP, um advogado, já denunciado na Operação Penitência, como participante de esquema de corrupção no sistema prisional, passou a intermediar o tráfico de drogas quando dois clientes foram presos, já que teria acesso ao presídio por conta da função.

Fonte: G1 Sul de Minas

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