Nessa quinta-feira (27), a Polícia Militar foi acionada para apurar um suposto feminicídio que ocorreu na quarta (26), em um cafezal na comunidade rural, conhecida como Comunheira, na cidade de Córrego Fundo.
De acordo com informações obtidas pelo Últimas notícias, imediatamente, equipes da PM foram até o local onde foi feita a identificação do material e acionamento da perícia. A blusa da vítima foi encontrada com manchas de sangue, abandonada no cafezal.
O corpo da mulher, de 29 anos, não estava lá, apenas vestígios, porém, havia também um rastro que seguia por cerca de 1 km até o compartimento de um forno de cal.
A Polícia entrou em contato com o proprietário do forno de cal e com um funcionário que estava de plantão, que relatou que o funcionário do turno anterior teria sido abordado por uma mulher, por volta das 3h. O funcionário contou ainda que sentiu um cheiro incomum, no início de seu turno de trabalho, similar a um porco sapecado. Ele mostrou ainda a facilidade para se abrir o forno.
Os policiais abordaram o suspeito, de 26 anos, que supostamente tinha um relacionamento amoroso com a vítima, no Centro de Córrego Fundo. Eles haviam rompido há cerca de 3 meses.
Também chegou até a polícia um suposto áudio gravado pelo suspeito em que se afirmava ser o responsável pela morte da jovem e que precisava, com urgência, se livrar do corpo. No áudio, ele informava que havia ter cometido o crime, pelo fato da vítima ter lhe subtraído drogas e esperava um filho dele, e ela permanecia na prostituição.
Em contato com o indivíduo, militares verificaram que ele trazia consigo uma pochete preta, semelhante a utilizada pelo responsável que usava uma câmera que filmava a execução da vítima. Na residência dele, foi localizado o mesmo tênis que aparecia no vídeo.
Realizada várias diligências e contando também com as informações reunidas anteriormente, os policiais deram voz de prisão ao suspeito e apreenderam uma adolescente, de 17 anos, que assumiu o envolvimento no crime e afirmou ainda que desferiu facadas nas costas da vítima. A suspeita apresentava pequenas lesões nas mãos e na casa onde ela estava, os militares apreenderam uma faca com resquícios de sangue. A suspeita disse que o sangue na faca seria da vítima e que ela “ficava” com o indivíduo. Já em relação a ter ocultado ou queimado o corpo, o adolescente permaneceu em silêncio.
Além disso, testemunhas confirmaram a suspeita que o corpo foi incinerado no forno de cal.
Ressalta-se também que o suspeito inicialmente confessou a prática do crime, mas após conversar com o advogado, mudou a narrativa, informando que a vítima tinha documento com outro nome e que, ela supostamente abortou o filho.
Foram apreendidos uma faca, um pedaço de madeira, dois telefones celulares, 01 par de tênis preto com detalhes brancos, uma mochila e uma pochete, tendo em vista os indícios de relação com os fatos.
Até o momento, o corpo da vítima não foi localizado, sendo a principal linha de investigação que ele tenha sido jogado dentro do forno de cal.
Perícia criminal compareceu ao local e realizou seus trabalhos.
Os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia.

Foto: divulgação PM