O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, prestou um novo depoimento sobre o caso das joias sauditas, nesta quinta-feira (1). Dessa vez, ele falou à Controladoria-Geral da União (CGU).

Mauro Cid relatou, pela segunda vez, que Bolsonaro o informou em dezembro de 2022 sobre a existência de um presente que estava retido pela Polícia Federal e pediu para ele verificar a possibilidade de regularizar o pacote. Ele classificou o pedido como uma “solicitação” do ex-chefe do Executivo.

Cid afirmou que, logo depois, entrou em contato, via mensagem, com o então secretário especial da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes, para tratar do caso. Gomes teria confirmado a presença das joias, apontando que já havia um pedido de liberação do produto em novembro de 2021, feito pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

De acordo com Mauro Cid, ele foi orientado por Júlio César Vieira Gomes sobre os procedimentos para solicitar à Receita a retirada do pacote.

O caso das joias

Em outubro de 2021, o governo Jair Bolsonaro tentou trazer para o Brasil, de forma irregular, joias de diamante avaliadas em cerca de 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 mi. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O colar, o anel, o relógio e o par de brincos foram um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, após uma viagem oficial ao país do então presidente, em outubro de 2021. Os produtos foram apreendidos no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Fonte: O Tempo

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