O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início, na próxima segunda-feira (9), aos interrogatórios dos réus do chamado “núcleo 1″ da tentativa de golpe de Estado em 2022, que, segundo a investigação, teria como objetivo manter Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas urnas. O ex-presidente será um dos interrogados, em sessão presencial.

As audiências serão conduzidas pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e realizadas na sala de audiências da 1ª Turma do STF.

As oitivas devem ocorrer na segunda-feira das 9h às 20h, com possibilidade de extensão para os dias seguintes até sexta-feira (13). O único a depor por videoconferência será o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro.

As datas reservadas para os interrogatórios são:

  • 10/6 – das 9h às 20h
  • 11/6 – das 8h às 10h
  • 12/6 – das 9h às 13h
  • 13/6 – das 9h às 20h

O primeiro a ser ouvido será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e hoje delator no processo. Em seguida, os demais réus serão interrogados por ordem alfabética.

São eles: Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Braga Netto.

Fim dos depoimentos das testemunhas

Os interrogatórios ocorrem após a conclusão, na tarde desta segunda-feira (2), da fase de oitivas das testemunhas de acusação e defesa. Ao todo, 52 pessoas foram ouvidas nós últimos dias.

Algumas delas relataram detalhes de uma reunião no Palácio da Alvorada em que Bolsonaro teria discutido, com aliados, uma proposta de ruptura institucional para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que, segundo a Procuradoria-Geral da República, atuou de forma coordenada para tentar deslegitimar o resultado eleitoral de 2022 e promover um golpe de Estado. As investigações indicam que militares e integrantes de órgãos de inteligência participaram ativamente da articulação.

 

Fonte: Hédio Ferreira Júnior-O Tempo

 

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