O frei Elvécio de Jesus Carrara, preso em São Paulo no dia 3 de maio ao ser flagrado com imagens pornográficas de menores de idade no celular, conseguiu liberdade provisória e foi solto menos de vinte dias depois. O religioso é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por exploração sexual e estupro de vulnerável em São João del-Rei, no Campo das Vertentes.

Informações obtidas pela Itatiaia revelaram que a defesa do líder religioso havia desistido de um habeas corpus após Elvécio ter sua prisão preventiva revogada. Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo confirmou que Elvécio de Jesus Carrara foi solto no dia 17 de maio “em virtude de liberdade provisória concedida pelo Poder Judiciário”.

Segredo de Justiça

A Itatiaia entrou em contato com os advogados do religioso, que não quiseram comentar o caso por estar em segredo de Justiça.

O Tribunal de Justiça de São Paulo respondeu que, por questões de sigilo, não vai se manifestar sobre o processo.

A Polícia Civil de São Paulo informou que não vai comentar o caso. Já a Polícia Civil de Minas Gerais informou que continua investigando Elvécio de Jesus Carrara em relação aos possíveis crimes cometidos por ele em MG.

Relembre o caso

Elvécio de Jesus Carrara foi preso no dia 3 de maio em casa, na capital paulista, durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais. O frei é investigado por crimes como exploração sexual e estupro de vulnerável que teriam sido cometidos em São João del-Rei. Durante a operação, foram encontradas imagens sexuais de menores de idade em seu celular e, por isso, ele foi preso em flagrante produzir e armazenar material pornográfico de menores de idade.

De acordo com a investigação, o religioso mantinha um projeto social para jovens em situação de vulnerabilidade na capital paulista e em São João del-Rei. Ele aproveitaria este local para abordar possíveis vítimas, chegando a ampliar o projeto por conta própria sem o apoio ou autorização da Igreja.

O projeto trazia jovens em situação de vulnerabilidade de Goiás para Minas Gerais sob a justificativa de que “ficariam sob os cuidados do projeto social”. Alguns desses adolescentes inclusive moravam nas dependências do projeto, que atendia até 300 crianças.

De acordo com os investigadores, o frei oferecia dinheiro para que os jovens do projeto em São João del-Rei o visitassem em São Paulo. Foi encontrada uma “tabela de gratificação” no celular de uma vítima, em que cada atitude dos menores de idade era recompensada com valores em dinheiro.

Afastado da igreja

O frei já estava afastado das atividades da Igreja um mês antes de ser preso. Ele também estava proibido de ter contato com crianças e adolescentes desde o início de março, de acordo com a Ordem dos Pregadores “Província Frei Bartolomeu de Las Casas”. Já o projeto Nac Tales continua funcionando normalmente.

Fonte: Itatiaia

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