Foi exatamente este questionamento que fizemos nesta semana ao secretário de Educação Municipal, Jaderson Teixeira, quando o interpelamos para sabermos sobre sua opinião a respeito da meia dúzia de casos que, nas últimas semanas publicamos sobre invasões de escolas e creches nesta cidade. Nelas, os bandidos subtraíram materiais, alimentos, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e até a fiação de algumas delas.

Ocorre que o material surrupiado, ainda que seja de pequeno valor monetário, causa pela sua falta interrupções no funcionamento de algumas creches e escolas, trazendo assim, a seus usuários, alunos ou familiares dos mesmos, os transtornos que vão desde o regime forçado pela não obtenção das refeições a eles servidas, para muitos deles a única do dia, a muitos outros incômodos e perdas a que são submetidos quando a rotina de aulas é interrompida, prejudicando também o aprendizado.

É claro que numa cidade que dispõe de cerca de 21 escolas e creches em funcionamento, apenas na sede do município – excluída a zona rural – é realmente preciso haver alguma forma de pelo menos se inibir esta prática delituosa que tem se multiplicado ultimamente.

Sabedores dos benefícios que esta cidade assim como outras tem experimentado a partir da implantação, mesmo que ainda incipiente dos sistemas conhecidos como “Olho Vivo” , atualmente custeados por recursos públicos que bancam as empresas regularmente contratadas após processos licitatórios para administrarem e promoverem a manutenção de tais sistemas, perguntamos:  Por que não colocamos ainda câmeras nas escolas, essas interligadas à central de monitoramento para, pelo menos, inibirem estes atos criminosos e de vandalismo?

É óbvio que o custo de uma ou duas câmeras por escola é infinitamente inferior ao de se manter vigias 24 horas por dia em cada unidade escolar.

Além disto, essas câmeras não precisariam ser tão sofisticadas quanto àquelas que se coloca em determinadas vias públicas. Talvez fosse necessário colocar mais um ou quem sabe dois ou três monitores na sala de controle em um operador que funcionaria, apenas nos horários em que as escolas não estão tendo atividades escolares.

É claro que do ponto de vista econômico, a viabilização desta sugestão aqui trazida será bem aceita. Tecnicamente, segundo experts consultados, também é viável.  Afinal de contas, toda escola deve ter internet disponibilizada. A simples presença de uma câmera ali na porta, certamente inibirá eventuais práticas de abusos sexuais, de distribuição de drogas, de brigas entre o alunado além de ofertar segurança à vizinhança da mesma.  Resta saber se politicamente isto pode ser implantado, já que o acima sugerido, obteve do Secretário Municipal de Educação, sua integral aprovação. Se analisarmos a relação custo/benefício com a instalação de uma câmera, por mais simples ou sofisticada ela seja, contra o prejuízo que vez ou outra recai vitimando certos próprios públicos, há que se esperar que nossos municípios, em breve, caiam na real e se adaptem a estes novos tempos vividos a partir da chegada da internet via cabo.

Formiga pode e deve sair na frente nesta empreitada e, acreditamos que recursos a fundo perdido para o financiamento ou custeio de inciativas desta natureza, não nos faltarão, pois sabemos, estão disponibilizados aos montes, através de diversos órgãos federais. Inclusive os que vêm do Fundeb.  É hora de inovar.  Mãos à obra, gente!

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