O governador Romeu Zema (Novo) vai desembarcar em Brasília na próxima semana para tentar convencer os presidentes do Congresso Nacional, o deputado Hugo Motta (Republicanos) e o senador Davi Alcolumbre (União), a derrubar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partes do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

A intenção do governador é levar para Brasília os chefes dos Poderes mineiros, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Leite (MDB), e o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, para demonstrar a importância da derrubada dos vetos para o Estado.

O governador Romeu Zema está muito empenhado na discussão das derrubadas dos vetos. Inclusive, com todos os outros chefes de poderes de Minas Gerais, deve vir até Brasília na semana que vem, para se reunir com o presidente Davi Alcolumbre (do Senado) e com o presidente Hugo Motta (da Câmara dos Deputados)”, disse o vice-governador Mateus Simões (Novo).

Os chefes do Poder vêm junto com o governador em Brasília em uma missão muito específica, que é o tratamento do Propag. Eles estão preocupados com isso, é um esforço multipartidário e multiinstitucional para colocar Minas definitivamente em situação de equilíbrio fiscal”, explicou o vice de Zema.

Três vetos na mira

O governo de Minas quer convencer o Congresso a derrubar os três vetos de Lula ao Propag. Além de Zema, outros governadores, como Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), também criticaram os vetos ao projeto que renegocia as dívidas dos estados com a União.

“Queremos derrubar três vetos. O primeiro é o que nos impede de fazer concursos públicos. Gostaríamos de fazer concursos, reestruturar carreiras, especialmente na área de segurança. Outro veto é o que exclui dívidas que têm garantias reais, que foram excluídas do Propag. E um terceiro, muito importante para todos os estados, é a possibilidade do uso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, aquele criado na reforma tributária como mecanismo de compensação para o pagamento da dívida. Não faz sentido o veto do presidente, já que o fundo foi criado para ajudar os estados, porque não permitir que se use esse dinheiro para reduzir as dívidas?”, analisou Mateus Simões.

 

Fonte: Marcelo da Fonseca-Itatiaia

 

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