As chuvas intensas que atingem Santa Catarina desde sábado (22) provocaram danos em pelo menos 32 municípios, segundo a Defesa Civil. Entre domingo (23) e essa segunda-feira (24), o órgão registrou 364 residências danificadas, 133 pessoas desalojadas e 15 desabrigadas. Muitos moradores tiveram de buscar abrigo em estruturas públicas ou na casa de parentes e amigos.
O município de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, está entre os mais afetados. Diversos pontos da cidade ficaram alagados, o que levou à suspensão das aulas nos períodos da tarde e da noite. O posto de saúde do bairro Canoas também precisou interromper o atendimento. A prefeitura montou um abrigo para acolher moradores caso o nível da água subisse novamente.
Em Joinville, as primeiras horas da manhã desta segunda-feira foram marcadas por vias bloqueadas e interdições em quatro bairros. Até o início da tarde, oito pessoas estavam desabrigadas.
A sequência de temporais levou quatro municípios a decretar situação de emergência: Ibirama, Petrolândia e Lontras, no Vale do Itajaí, e Massaranduba. Outras cidades avaliam fazer o mesmo, como Seara, Rio das Antas, Cunha Porã, Fraiburgo, Vitor Meireles e Balneário Barra do Sul.
A Defesa Civil informou que as ocorrências envolvem tanto episódios de granizo quanto de chuva intensa. Florianópolis, Chapecó, Rio do Sul, São Bento do Sul e Fraiburgo registraram danos causados pelo gelo. Já Luiz Alves, São João do Itaperiú, São Francisco do Sul e Balneário Barra do Sul sofreram principalmente com o grande volume de chuva.
Luiz Alves também registrou o maior acumulado de precipitação em 24 horas. Entre 16h30 de domingo e 16h30 desta segunda-feira, foram 181,6 milímetros de chuva — índice que supera a média histórica de novembro na região, estimada em 130 milímetros, conforme dados da Epagri/Ciram.
Com estragos espalhados por diversas regiões, o Estado segue em alerta para novos episódios de chuva e granizo. Enquanto algumas cidades já decretaram situação de emergência, outras analisam a necessidade de adotar a medida, em meio ao risco de novos alagamentos e danos à infraestrutura. A Defesa Civil segue monitorando as ocorrências e orientando as populações afetadas.
Com informações do Metrópoles











